segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Luta Contra o Câncer de Mama

               O câncer de mama é uma doença que se caracteriza pela multiplicação anormal de células da mama, configurando-se então, em um tumor maligno. No entanto, é necessário destacar que nem todo tumor de mama é maligno, ou seja, nem todo o nódulo encontrado no seio é câncer.
               Normalmente, o câncer de mama pode ser percebido como um caroço, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar avermelhada ou com aspecto de casca de laranja, e ainda, podem surgir alterações nos mamilos. A região das axilas também deve ser examinada, pois o câncer também pode se manifestar através de nódulos axilares (linfonodos aumentados). Mas, pelo fato dessas alterações não serem necessariamente tumores, torna-se indispensável procurar um médico e realizar a mamografia.
                Detectamos o câncer através de exames clínicos de mama, que são exames nos quais médicos e enfermeiros observam e apalpam os seios à procura de nódulos ou outras alterações, e, especialmente, através da mamografia. Esse exame é uma espécie de radiografia, na qual é feita uma compressão nas mamas, e permite visualizar até mesmo pequenas alterações. A mamografia é considerada a melhor forma de detectar o câncer de mama, justamente por permitir o diagnóstico precoce da doença. Em uma fase inicial, quando os tumores são pequenos (menores do que 1 cm) e imperceptíveis ao toque, as chances de cura chegam a 95% dos casos.
                 O auto-exame é importante para que a mulher conheça seu corpo, em especial sua mama, e possa reconhecer alterações nos seios. Entretanto, ele não substitui a importância do exame clínico feito por um profissional da saúde, e tampouco, a mamografia.
Não, há várias formas de manifestação da doença. Para entender os tipos é necessário entender a estrutura das mamas.
As mamas são glândulas formadas por lobos, que, por sua vez, são formados por estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. O tipo mais comum de câncer de mama é o carcinoma ductal, porque se origina nas células dos ductos mamários. Esse tipo de carcinoma pode ser in situ, quando se restringe às células desses ductos, ou invasor, quando se dissemina para os tecidos adjacentes. O carcinoma lobular é menos comum e tem origem nas células dos lóbulos mamários, podendo também ser caracterizado como in situ ou invasor.
                Os carcinomas in situ configuram-se no estágio mais precoce da doença. Quando não são tratados, eles podem evoluir para a forma invasora, disseminando-se para outras regiões da mama, e em um segundo momento, para outras regiões do corpo. 
                Conhecer o tipo de câncer é imprescindível para determinar o tipo de tratamento a que a paciente será submetida. É fundamental, por exemplo, saber se o tumor é sensível a hormônios. Outro fator importante é um receptor chamado HER2, que é uma proteína presente em 25% dos casos de câncer de mama. São tumores mais agressivos, e, portanto, devem ser tratados com medicamentos específicos. 
               Conhecer os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama e realizar acompanhamento médico anualmente são as principais orientações para a prevenção do câncer de mama. Os fatores de risco podem ser divididos em dois tipos: os modificáveis e os não-modificáveis.
                 Os fatores não modificáveis referem-se àqueles elementos naturais da vida da mulher, nos quais não se pode intervir. Dentre eles, podem ser citados o aumento da idade, a precocidade da primeira menstruação, bem como menopausa tardia, ausência de gestação ou primeira gestação após os 30 anos, e ainda, o histórico familiar.
                Sobre este último, considerado muito importante, vale ressaltar que é responsável por apenas 10% dos casos de câncer de mama. Quem deve prestar mais atenção neste fator são as mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos. Recomenda-se, para mulheres com esse perfil, iniciar o acompanhamento médico de rotina mais cedo, bem como fazê-lo com maior freqüência.
                Os fatores modificáveis, por seu turno, são aqueles cujo controle está em grande parte nas mãos das próprias mulheres. São eles: tabagismo (fumo), ingestão de álcool (mesmo que moderado), excesso de peso, alimentação rica em gordura e carne vermelha. Por isso, a recomendação para quem quer prevenir o câncer de mama é manter uma vida saudável, tanto em relação à alimentação quanto à prática de exercícios. Além disso, o controle de peso após menopausa e a amamentação também contribuem para a prevenção do câncer de mama. As mulheres que forem se submeter à reposição hormonal também devem ter bastante cautela e conversar seriamente com seu médico, para avaliar os riscos desse tratamento. 
                 O tipo de tratamento indicado para mulheres com câncer de mama depende de alguns fatores, tais como o estágio do tumor, o estado de saúde da mulher, a presença de receptores de hormônios e HER2, como já foi citado, entre outros. Veja abaixo alguns exemplos:
                Radioterapia: Tratamento que consiste em emissão de radiação sobre a mama destruindo as células cancerígenas.
                Quimioterapia: São utilizados medicamentos de aplicação intravenosa, que matam as células cancerígenas. Este tratamento possui efeitos colaterais como enjôo e queda de cabelo. Os sintomas podem variar muito de pessoa para pessoa e, nos últimos anos, com os avanços da medicina, a quimioterapia vem se tornando bem menos agressiva, diminuindo a incidência dos efeitos colaterais.
                Cirurgia: retirada de parte da mama (setorectomia ou cirurgia conservadora) ou retirada da totalidade da mama (mastectomia radical). Normalmente quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de ser realizada a mastectomia conservadora.
                Hormonioterapia: são utilizados medicamentos com o intuito de inibir a atividade de hormônios que tenham influência no crescimento do tumor. É indicada somente nos casos em que o tumor for positivo para receptores hormonais.
                Terapia Molecular: Tratamento específico para tumores HER2 positivos.

Fonte: http://www.femama.org.br / http://www.imama.org.br

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